quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dias Nublado



Manhãs frias me deixam nostálgica. Esses dias onde o sol resolve se esconder por entre as nuvens, como uma criança travessa fugindo da bronca dos pais. Tudo amanhece calmo e silencioso, parece até que os pássaros estão com preguiça de sair do ninho. Por que bem melhor é ficar deitado, ali juntinho, deixando o outro te esquentar. Aos poucos tudo vai despertando, as flores vão desabrochando, mas tudo bem devagar. Por que ninguém quer acordar. Por que melhor é ficar no teu ninho, e sentir o outro devagarzinho aos poucos despertar. Te dar um beijo e desejar bom-dia e sentir o calor do dia que agora vai começar. E o sol, essa criança travessa, resolve estão parar de brincar e nos obriga a levantar. E lá vamos nós para essa manhã tão cinza, de claridade que chega a dar dor nos nossos olhos. Almejamos permanecer nessa calmaria e esquecer os problemas, só apenas observar. Observar as cores do dia que aos poucos começa a raiar. E sentir o perfume dos lençóis e a brisa do alvorecer. E ouvir o outro com um sorriso te dizer “Bom-dia meu amor, é hora de acordar”. Mais quando se está sozinho, essas manhãs perdem a sua alegria, pois não há ninguém pra te desejar bom-dia, nem ninguém pra te esquentar. E as cores não são as mesmas, nem os cheiros nem os sons. Tudo perde o seu encanto e o dia é apenas mais um.

UM ESPETÁCULO NAS RUAS

Toda criatura é capaz de manifestar sua arte e através da mesma se encontrar consigo próprio e adquirir auto-estima.
Com um olhar mais atento podemos observar que nos mais remotos recantos do nosso planeta, inúmeros artistas de rua encontraremos demonstrando a sua arte através das mais variadas formas de expressão.
Um artista de rua (ou saltimbanco) é um artista que se apresenta em locais públicos a troco de gorjetas ou contribuições. Define-se como arte de rua praticamente todo tipo de diversão, como contorcionismos, acrobacias, truques com animais, truques com cartas, ventriloquismodanças, recitais de poesia e apresentações de música, entre outros.                                                          
 
A atividade que essas pessoas desenvolvem é uma das mais comoventes demonstrações de amor à vida e à arte. A rua é o seu palco e o seu cenário. De segunda a segunda lá estão eles, em palcos improvisados nas calçadas e semáforos. Nem o frio, nem a garoa impedem o trabalho. O público, salvo as poucas exceções, quase sempre está apressado. Ou observa tudo de dentro dos carros, com a atenção da duração de um sinal vermelho. O artista é autônomo. Decide seu horário, não tem patrão, empresário, mas também enfrenta as dificuldades do dia a dia de um trabalhador “por conta”. Desdobra-se para intervir com música, mágica, teatro e cor na paisagem cinza das metrópoles e para despertar a atenção do público. Nem sempre o trabalho é respeitado, ainda existe preconceito e repressão. O reconhecimento é o principal combustível para os dias seguintes de quem optou por sobreviver de sua arte. O povo, como plateia, observa, absorve a arte para encarar a vida com mais som e graça. E retribui.
Elas expõem seus trabalhos sem nenhuma ostentação acadêmica. A simplicidade das obras expostas nos gradis das praças ou espalhadas em volta do artista tem a mesma magia do som nostálgico com que o velho saxofonista brinda a tarde que também envelhece na cidade. 
Ser “artista”, viver da sua produção artística, já é uma condição nem sempre muito confortável. Poucos conseguem lugar de destaque e boa recompensa financeira pelo seu trabalho. Raros ficam ricos. 
Ser um “artista de rua”, seja produzindo, pintando, vendendo quadros, esculturas, bonecas, máscaras, artesanato, exercitando qualquer forma de manifestação artística, tem um agravante: o artista negocia seu trabalho diretamente com o consumidor, sem a interferência de um marchand ou de qualquer tipo de “representante”. 
Todo artista de rua quando apresenta o seu espetáculo está trabalhando, muitas vezes, são poucos os que param para valorizar e prestigiar o seu trabalho. Valorizar não somente dando um trocado, mais sim, incentivar, conversar e realmente se encantar com aplausos e parabenizá-lo pelo seu esforço.
O Circo é um dos mais belos exemplos dessa arte.
Pode-se dizer que as artes circenses surgiram na China, onde foram descobertas pinturas de quase 5.000 anos em que aparecem acrobatas, contorcionistas e equilibristas. A acrobacia inclusive era uma forma de treinamento para os guerreiros de quem se exigia agilidade, flexibilidade e força. Com o tempo, a essas qualidades se somou a graça, a beleza e a harmonia.
Em 108 a.C. houve uma grande festa em homenagem a visitantes estrangeiros, que foram brindados com apresentações acrobáticas surpreendentes. A partir daí, o imperador decidiu que todos os anos seriam realizados espetáculos do gênero durante o Festival da Primeira Lua. Até hoje os aldeões praticam malabarismo com espigas de milho e brincam de saltar e equilibrar imensos vasos nos pés. 

O primeiro circo europeu moderno, o Astley's Amphitheatre, foi inaugurado em Londres por volta de 1770 por Philip Astley, um oficial inglês da Cavalaria Britânica. O circo de Astley tinha um picadeiro com uma espécie de arquibancada perto. Construiu um anfiteatro suntuoso e fixo, pois ficaria permanentemente no mesmo lugar. Organizou um espetáculo eqüestre, com rigor e estrutura militares, mas percebeu que para segurar o público, teria que reunir outras atrações e juntou saltimbancos, equilibristas, saltadores e palhaço. O palhaço do batalhão era um soldado campônio, que acaba sendo o clown e que em inglês, origina de caipira. O palhaço não sabia montar, entrava no picadeiro montado ao contrário, caía do cavalo, subia de um lado, caía do outro, passava por baixo do cavalo. Como fazia muito sucesso, começaram a se desenvolver novas situações. Ao longo dos anos, Astley acrescentou saltos acrobáticos, dança com laços e malabarismo.
Seu espetáculo foi visto por gente de todo mundo, pois Londres era muito visitada. E em  50 anos, houve um rápido desenvolvimento do circo no mundo.
O termo circus foi utilizado pela primeira vez em 1782, quando o rival de Astley, Charles Hughes, abriu as portas do Royal Circus. Em princípios do século XIX havia circos permanentes em algumas das grandes cidades européias. Existiam, além disso, circos ambulantes, que se deslocavam de cidade em cidade em carretas cobertas. 
No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos de que eles usavam tendas e nas festas sacras, havia bagunça, bebedeira, e exibições artísticas, incluindo teatro de bonecos. Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.
O circo com suas características, em geral itinerante, existe no Brasil a partir dos fins do século XIX. Desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo partiam para outras cidades, descendo pelo litoral até o rio da Prata, indo para Buenos Aires.
Atualmente, paralelamente aos circos itinerantes e tradicionais que ainda existem, a arte circense também se aprende em escolas. Por uma mudança de valores, muitos circenses colocaram seus filhos para estudar e fazer um curso universitário. As novas gerações estão trabalhando mais na administração dos circos.
Surge um novo movimento, que pode ser chamado de Circo Contemporâneo. Não há uma data precisa do seu surgimento, mas pode-se dizer que o movimento começou no final dos anos 70, em vários países simultaneamente.


No nosso estado, mais precisamente em Natal, existem algumas instituições que promovem a arte circense. Uma delas é o circo Tropa Trupe. Com sede provisória na UFRN, o Tropa Trupe vem desenvolvendo projetos como Varieté, Matinê e de Oficinas circenses, com atividades que vão desde o perna de pau, malabres, tecido acrobático e palhaço até acrobacia de solo. Porém, a falta de incentivo para os artistas torna precária a evolução dos diferentes tipos de arte. "Temos na bagagem também três espetáculos montados: Achado não é roubado, O equilibesta e O tempo. Queremos ter condições de reverter a situação de desvalorização que o circo e o artista vem sofrendo", afirmou a diretora do circo, Renata Marques. 

Uma vez que não existem orgãos públicos e nem sindicato com autonomia e competência para enfrentar os problemas e atender demanda da cultura em Natal e no RN, as dificuldades muitas vezes nem chegam ao conhecimento nos âmbitos municipal e estadual. Questionada sobre os artistas que buscavam valorizar seus trabalhos nos sinais, Renata é simples. "Estar na rua não quer dizer que o artista não seja bom. Ao contrário. Sobreviver da rua, principalmente numa cidade e país que não valorizam essa expressão artística é um grande desafio e muitas vezes uma imposição da situação, uma vez que o artista precisa ganhar dinheiro diariamente. A rua é sem dúvida o meio mais eficaz de entrar em contato com o público", 
A todos os Artistas na rua o meu parabéns, a rua se torna mais bonita com vocês, e a vida se torna mas alegre, os fardos do  dia a dia mas leve, se vocês nos fazem sorrir.

domingo, 5 de junho de 2011

A Filosofia vegan!

A primeira sociedade vegan, foi organizada e fundada em 1944 na Inglaterra. E em 1960, H. Jay Dinshah, fundou a sociedade vegan Americana. De lá para cá mais de 50 sociedades fora criadas em todo o mundo. Um vegetariano é alguém que vive basicamente de produtos alimentares do mundo vegetal, com a adição ou sem uso de ovos, leite e derivados. O termo vegetariano refere-se unicamente a um tipo de dieta, e não algum tipo de produto ou alimento animal. As razões para se tornar um vegetariano, são basicamente quatro, ora por questões éticas ou de saúde, economia ou religião ou qualquer combinações destas. 
A ênfase na América tem sido por questões de saúde e na Inglaterra por questões de ética. Um vegetariano, como já sabemos, não come nenhuma espécie de carne mas come ovos e leite assim como seus derivados. Um vegan além de não comer nenhuma carne, não come nenhum derivado animal. A sociedade vegan Britânica dá uma excelente definição sobre Veganismo: "é uma forma de vida que exclui todas as formas de exploração e crueldade contra o reino animal. Inclui o respeito por todas formas de vida. Isto se aplica no uso da prática de viver somente de produtos derivados do mundo vegetal".
A exclusão do uso da carne vermelha, de peixes, de aves, ovos, mel, leite ou derivados, encoraja o uso de formas alternativas de produtos vegetais. O veganismo lembra o homem de sua responsabilidade, pelos recursos naturais e faz com que ele busque caminhos de manter o solo e o reino vegetal saudável, assim como o uso correto dos materiais da terra.
Veganismo é vida saudável
O veganismo é, acima de tudo, uma escolha por uma vida saudável, não apenas do ponto de vista de saúde, mas também social e moralmente. É saudável para quem pratica, é saudável para o meio ambiente que é poupado do peso da produção de alimentos de origem animal e, obviamente, é saudável para os animais que são criados e mortos para alimentar pessoas.
Dieta Saudável
Os benefícios de uma dieta vegano continuam a ser revelados a cada dia em estudos científicos e em experiências individuais.
Uma dieta isenta de produtos de origem animal é isenta de colesterol, baixa em gordura (especialmente gordura saturada) e rica em fibras, vitaminas e minerais. Isto significa uma enorme diminuição no risco de doenças como arteriosclerose, infarto, derrame, diabetes, câncer, constipação, entre outras. Além disto, por eliminar alimentos altamente contaminados por antibióticos, hormônios, pesticidas, além de alimentos alergênicos como o leite, este estilo alimentar também evita o surgimento de diversos tipos de alergias e intolerâncias. A dieta vegano também é geralmente baixa em calorias, o que significa um melhor controle de peso e a distância dos desconfortos causados pela obesidade.


Veganismo e Violência
Há muitos motivos para se adotar um estilo de vida vegano e também são muitas as formas em que o veganismo é expresso, mas o veganismo pode ser sempre definido da seguinte maneira: um estilo de vida que evita toda forma de exploração e violência, sejam estas contra animais, humanos ou o planeta no qual vivemos.

Poucos são aqueles que se iniciam no veganismo por uma questão meramente de saúde, apesar deste ser um aspecto importante deste estilo de vida e um dos melhores argumentos em seu favor.

O aspecto ambiental atrai a atenção de muitos que entram em contato com o veganismo pela primeira vez, recebendo a aprovação mesmo daqueles que se recusam a adotá-lo. O fato de mais alimentos vegetais poderem ser produzidos no mesmo espaço e com a utilização de menos recursos quando comparados com a produção de alimentos de origem animal é, dos argumentos em favor do veganismo, certamente o mais lógico e irrefutável.

No entanto, o maior número de pessoas que abraçam o veganismo é composto por aquelas que se sentem tocadas ao saberem que sua alimentação até então era dependente do sofrimento de animais inocentes, mortos para satisfazer uma necessidade que elas agora sabem não ser essencial. O despertar pode vir no contato com o bezerro no sítio do amigo, ao saber que em muitos países asiáticos os cachorros são considerados uma iguaria e então perceber que seu animal de estimação poderia ser o jantar de alguém, ou na descoberta tardia de que seu pintinho de estimação na infância -aquele que crescera demais para continuar morando em casa e sua mãe disse ter mandado para a chácara do tio- houvera, em realidade, tido seu fim naquele almoço de domingo (do qual você também participou). Uma visita ao matadouro também costuma dar um empurrãozinho para cair a ficha.
Enfim, a descoberta da realidade sempre traz consciência e a consciência sempre traz moralidade. Imagine a confusão de valores pela qual passa uma criança que tem que aprender que o boi, o porco, a galinha, tão dóceis e amáveis, são os heróis de seus filmes favoritos e, ao mesmo tempo, são também o seu jantar. "Como assim? Amigo e jantar ao mesmo tempo?" A criança pode não buscar descobrir, em um primeiro momento, como o seu herói ou amigo foi parar no prato de jantar. Talvez ela busque em sua fantasia uma forma "amigável" de se tornar jantar. Talvez eles sejam tão amigos e amáveis que eles voluntariamente sacrificam-se para alimentar seu amigo humano. Um verdadeiro ato de heroísmo! Mas eles logo buscam a verdade, quanto mais perto da realidade, mais perto da consciência.

Através desta definição você percebeu que o Veganismo é muito mais do que uma questão de dieta. Vegan é contra a matança, judiar ou explorar os animais. Vegan é também interessados em ter um excelente padrão físico, emocional, mental e espiritual. Nós devemos tomar uma decisão importante em selecionar o tipo de produtos que usamos. E cada uma de nossas atitudes através de todas as formas de vida.
Do modo que agimos, influenciamos circunstancialmente toda a existência e tipos de vida a volta de nós humanos e outros de qual compartilhamos este planeta. Nós podemos escolher viver em harmonia ou discórdia, em compaixão ou com crueldade(mesmo sem intenção).
Os vegans também não usam produtos derivados de animais como: lã, couro, peles, roupas, móveis, artesanatos, sabões ou cosmético que contenha produtos de origem animal, travesseiro de penas etc.  Um vegan não pesca, não caça, não aprova o confinamento de animais nos circos ou zoológicos, ou rodeios ou touradas. Um vegan não se submete a vacinação ou soro feito de animais, ou drogas que foram testadas cruelmente em animais. 
Há fortes razões de saúde e ética contra estas práticas médicas.
Talvez esta lista de coisas seja muito difícil de seguir, mas é unicamente para lhe mostrar como é grande e extensa a lista de produtos que normalmente usamos ao longo de nossas vidas. A lista é baseada em produtos ou substâncias derivados de animais. Principalmente porque o mercado de venda destes produtos, só pensa em aumentar seus lucros, independente da exploração das pobres criaturas que vivem a sua volta.
O curioso é que existem muitas alternativas mais humanas para qualquer tipo de produtos de origem animal, como vimos no caso da dieta alimentar. Basta estarmos atentos e procurarmos. Na América do norte e Europa, tem crescido gradativamente o comércio de produtos que não possuem derivados de animal. Isto tem ocorrido devido, ao aumento de consciência, do respeito ao meio ambiente e a compaixão a todas as formas de vida. E com a vantagem de trazer crescimento social e econômico.
A preocupação do veganismo é dar maior significado e dignidade a vida, e com a diminuição do sofrimento dos animais o sofrimento da raça humana também será aliviada
Será isso uma nova forma de vida? Basicamente não, mas é uma forma de expressão do amor, da compaixão e na verdade, é o caminho que traz a harmonia do meio ambiente.
Alimentos Vegans
Cereais - trigo (pão e massas que não contenham nenhum ingrediente de origem animal como ovos, leite e manteiga), aveia, centeio, etc.
Grãos - feijões, soja, arroz, ervilhas, lentilhas, grão de bico, etc.
Nozes e castanhas - amêndoas, nozes, castanhas do pará, etc.
Sementes - de girassol, de abóbora, etc.
Frutas em geral.
Legumes e hortaliças.
Derivados de soja  - tofu, tempeh, proteína de soja, etc.
Óleos vegetais e gorduras vegetais - margarina, gordura vegetal, azeites.


Receita Vegan! 

18. Esfihas de resíduo e PVT (Carne de Soja)
Ingredientes
Massa
2 xícaras (chá) de resíduo de soja
3 colheres (sopa) de fermento para pão
6 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de açúcar 
2 colheres (chá) de sal
1/2 copo de óleo (150 ml)
1/2 copo de água morna

Recheio
1 xícara (chá) de PVT
2 xícaras (chá) de água fervente
3 tomates sem sementes
2 colheres (sopa) de óleo de soja
1 cebola picada
2 dentes de alho
1 colher (sopa) de extrato de tomate 
Cheiro verde 
Modo de preparo
Massa
Dissolver o fermento em água morna. Juntar o açúcar, o sal, o óleo e o resíduo.
Adicionar aos poucos a farinha de trigo e amassar.
Formar bolinhas, com a massa obtida, e deixá-las sobre uma superfície limpa.

Recheio
Hidratar a PVT, com as duas xícaras de água quente, por aproximadamente 10 minutos.
Espremer a PVT, numa peneira (tipo escorredor de macarrão), para retirar o excesso de água.
Refogar o alho e a cebola no óleo já aquecido e adicionar o extrato de tomate.
Juntar os tomates picados (miúdos) e a PVT hidratada.
Por último acrescentar o cheiro verde.

Preparo das esfirras
Abrir as bolinhas da massa na palma da mão.
Rechear com o PVT previamente preparado.
Fechar as esfirras na forma de um triângulo.
Colocar as esfirras em assadeiras previamente untadas e polvilhadas com farinha de trigo.
Assar em forno pré-aquecido, em temperatura média.

O Grande Mestre - Tim Burton

Um dos diretores de cinema mais geniais da atualidade, Timothy William Burton, mais conhecido como Tim Burton, nasceu na cidade de Burbank, na Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 25 de agosto de 1958. Ele é o primogênito do casal Bill Burton e Jean Erickson. 


Seus tempos de criança foram vivenciados no universo da fantasia e da auto-reflexão, de uma forma bem particular. Não se adaptando muito bem ao cotidiano familiar e escolar, ele se perdia nas páginas das obras arrepiantes de Edgar Allan Poe e nas imagens aterrorizantes dos filmes de horror de segunda categoria.
Esta experiência cultural prematura marcou sua produção cinematográfica, permeada por temas lúgubres e uma atmosfera sombria. Seu protagonista preferido é Johnny Depp, que parece se sintonizar perfeitamente com a mente atípica de Burton.
Tim Burton começou sua carreira trabalhando - pasmem! - nos Estúdios Disney. Talentoso, ele vinha do California Institute of Arts e queria trabalhar com animação. Ganhou uma bolsa e também a confiança da Disney a ponto de realizar dois trabalhos pessoais: Vincent (82), um tributo ao veterano dos filmes de horror Vincent Price, e Frankenweenie (84), uma divertida animação gótica. Essa predileção pelo sinistro iria se manifestar mais tarde em toda a sua obra, com um toque original que nem seus críticos mais ferrenhos conseguem negar.

Mais tarde, o diretor trabalhou no seu segundo curta-metragem Frankenweenie, que conta a história de um menino que ressucita seu cachorro. Mesmo com enredos pouco infantis, Tim Burton teve espaço para criar o poema e as ilustrações que seriam a base para O Estranho Mundo de Jack, um dos seus maiores sucessos.
O seu apego ao horror com sua habilidade para a comédia Burton conciliou três anos depois em Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice). Foi com esse filme que o diretor finalmente se destacou e foi chamado para realizar uma super-produção: Batman, em 1989, que mais tarde teria a continuação Batman - O Retorno (Batman Returns), também com a direção de Tim Burton. Com a carreira em alta, o diretor resolveu filmar seu projeto pessoal intitulado Edward Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands), sobre um rapaz que tem tesouras no lugar das mãos. Para o projeto, Tim Burton chamou o ator Johnny Depp, que seria seu maior colaborador durante a carreira do cineasta. Depois seria novamente chamado, dessa vez para estrelar a cinebiografia de Ed Wood, considerado o pior diretor de todos os tempos.
Após esse período, o diretor passou por baixar em filmes que pouco renderam, como Marte Ataca! (Mars Attacks!) e Planeta dos Macacos (Planet of the Apes). Tim Burton melhorou sua carreira em 1999 após lançar o filme A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Sleepy Hollow), sobre uma cidadezinha que sofre uma série de assassinatos. Sua carreira continuou em alta depois de Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (Big Fish). Mais tarde, Burton voltaria a animação stop-motion com A Noiva Cadáver (Corpse Bride). Nessa época, o diretor regravou um clássico dos anos 70, A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory), novamente com a participação do ator Johnny Depp.
Tim Burton é casado com a atriz Helena Bonham Carter e tem dois filhos com ela: Billy de 4 anos, e recentemente o casal teve uma menina, chamada Nell.
Apesar de, segundo sua mulher, Tim não gostar de musicais, ele dirigiu o filme, Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, que foi bem recebido pela crítica, sendo indicado ao Oscar 2008 em algumas categorias, ganhando a categoria Direção de Arte, graças ao belíssimo trabalho do diretor. A paixão pela versão original do musical para teatro, segundo Helena Bonham Carter foi uma das coisas que os dois tinham em comum e que ajudou a uní-los. 


Os 10 melhores filmes de Tim


10. A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005). Charlie and the Chocolate Factory
Refilmagem de um clássico de 1971, esse filme traz um Willy Wonca mais perturbado por problemas familiares e mais sarcástico. O visual colorido ganhou um toque especial nas mãos de Tim Burton. Acredito que sou um dos poucos que considera esse bem melhor que o original, tanto no visual como no roteiro menos infantil, e principalmente nas músicas muito mais divertidas. Destaque para as referências a “2001 uma odisséia no espaço” e “psicose” após a cena do tele transporte.

09. O Estranho Mundo de Jack (1993)  The Nightmare Before Christmas,
Mais tarde promovido como Tim Burton's The Nightmare Before Christmas é um filme de animação norte-americano de 1993, dirigido por Henry Selick, produzido e co-escrito porTim Burton. Conta a história de Jack Skellington da "Cidade do Halloween" que abre um portal para a "Cidade do Natal". A "Cidade do Halloween" é um mundo de sonho repleto de cidadãos, tais como monstrosdeformados, fantasmas, duendes, vampiros, lobisomens e bruxas. Jack Skellington ("O Rei das Abóboras") é o centro das atenções da celebração anual do Dia das Bruxas, no entanto sente-se farto de repetir todos os anos a mesma rotina.

8  Batman - O Retorno (1992). Batman Returns
Após a boa aceitação de “Batman”, de 1989, Tim Burton fez seu segundo filme do homem morcego, desta vez com Pinguim e Mulher-Gato como vilões. Com um super elenco que contava com Michael Keaton, Cristopher Walken, Danny DeVito e Michelle Pfheifer, o filme tem uma boa trama, mostrando a corrupção em Gothan. Destaque para Michelle Pfheifer como mulher-gato. Jamais outra atriz fez ou fará uma atuação melhor como essa incrível vilã.

7  Os Fantasmas se Divertem (1988). Beetlejuice Beetlejuice
Primeiro grande filme de Tim Burton, conta com estrelas como Michel Keaton, Alec Baldwin, Geena Davis e Winona Ryder. Uma hilária história de fantasmas, onde sustos e risadas se alternam. Destaques para a atuação cômica de Michel Keaton como Beetlejuice e para a maquiagem (que rendeu ao filme um Oscar nessa categoria).

6  A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (1999). Sleepy Hollow
Um excêntrico investigador é mandado para o condado de Sleepy Hollow para desvendar uma série de estranhos assassinatos em que todas as vítimas são encontradas sem a cabeça. Terceira parceria entre Tim Burton e Johnny Depp, conta ainda com Christina Ricci e Christopher Walken no elenco. Um filme que alterna bem fantasia, terror e cenas engraças. Venceu o Oscar de melhor direção de arte.

5. As Grandes Aventuras de Pee-Wee (1985) Pee-wee's Big Adventure.

Foi o primeiro filme longa-metragem dirigido por Tim Burton. O excêntrico Pee-wee, uma criança dentro de um homem, embarca na maior aventura de sua vida pelos EUA, para achar sua amada bicicleta, que fora roubada em plena luz do dia.No caminho encontra com motoqueiros, um caminhão fantasma, cowboy, uma garçonete sonhadora e seu namorado invejoso e violento até descobrir que sua bicicleta estava no estúdio da Warner Brothers

4  Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007). Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street
Musical sombrio cheio de suspense, baseado em um premiado musical da Broadway. Mais uma vez o papel principal ficou com Johnny Depp. Sua excelente atuação como o barbeiro que volta a Londres para se vingar lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator. Helena Bonham Carter também esteve excelente como Mrs. Lovett, dona de uma loja de tortas que usa carne humana (merecia também uma indicação ao Oscar). Como é comum nos filmes de Tim Burton o visual do filme é impecável, e venceu o Oscar de direção de arte.

3  Ed Wood (1994). Ed Wood         
Ed Wood dedicou sua vida ao cinema, fazendo o possível para levar as telas suas obras bem peculiares, sempre com pouco tempo e dinheiro para filmar. Nesse filme de Tim Burton a história desse excêntrico diretor, muito bem interpretado por Johnny Depp. O destaque do filme fica por conta de Martin Landau, interpretando o lendário ator Bela Lugosy em final de carreira (Landau venceu o Oscar por esse papel).

2  Edward Mãos de Tesoura (1990).  Edward Scissorhands
Clássico da sessão da tarde e consequentemente da infância de muita gente, Edward mãos te tesoura é um dos mais belos filmes de fantasia, mantendo o tradicional visual sombrio do filmes de Tim Burton. O amor impossível entre uma garota e uma estranha criatura que tem tesouras no lugar das mãos. Apesar do tom de fantasia, o filme traz uma questão muito importante, o preconceito com o que não parece “normal”. Excelente elenco com Johnny depp, Winona ryder, Dianne Wiest, Alan Arkin e a participação mais do que especial de Vincent Price, em seu último filme.

1.    Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas (2003). Big Fish
Um dos filmes mais injustiçados da história do Oscar (teve uma mísera indicação em trilha sonora), Peixe grande é certamente o auge da carreira de Tim Burton. O filme é ao mesmo tempo bonito, engraçado, e mostra a complexidade das relações familiares. Ed Bloom (interpretado por Ewan McGregor quando jovem, e por Albert Finney quando velho) é um grande contador de histórias. Mas seu filho Will (Billy Crudup) o considera um mentiroso. Nos divertimos nas histórias extraordinárias contadas por Ed Bloom, e nos emocionamos com a relação de pai e filho. Peixe grande é um dos melhores filmes desse século, e acredito que no futuro será considerado uma grande obra prima (eu já considero).